Lygia Bueno Fragoso é fonoaudióloga graduada na Universidade Federal de Minas Gerais com mestrado em bioengenharia na UFMG. Experiência em audiologia, linguagem infantil e adulto, voz e motricidade orofacial em consultório particular, atendimento domiciliar, APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família).
A sua empresa cuida da audição dos trabalhadores?
O Programa de Conservação Auditiva (PCA) é um conjunto de medidas que visa prevenir ou estabilizar as perdas auditivas ocupacionais através de um processo contínuo e dinâmico nas empresas. O ruído associado a agentes químicos, radiações, traumas mecânicos, frio, calor, vibração entre são agentes ocupacionais, podem provocar perda auditiva nos trabalhadores. Se há risco para a audição do trabalhador, há necessidade de implantação do PCA. Nesse caso, planilhas de fonoaudiologia podem auxiliar muito as fonoaudiólogas.
O PCA é obrigatório nas empresas? A implantação do Programa de Conservação Auditiva é exigida pela legislação nas empresas que oferecem riscos a saúde auditiva do trabalhador. As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, constitui a legislação que orienta as empresas a implantarem o Programa de Conservação Auditiva. Quais são os profissionais envolvidos no PCA? A equipe envolvida no Programa de Conservação Auditiva é multiprofissional e inclui: engenheiros, médicos, fonoaudiólogos e técnicos (assista o video).
Quais são etapas envolvidas no Programa de Conservação Auditiva?
Análise do processo e condições de trabalho: Identificar as características do negócio e os riscos ocupacionais que os trabalhadores estão expostos.
Gestão dos exames Audiológicos: Diagnosticar precocemente os casos de perda auditiva ocupacional, orientar e fazer os encaminhamentos necessários para cada especialidade médica.
Gestão das medidas de controle individual: Acompanhamento dos trabalhadores que tiveram uma piora da perda auditiva.
Monitoramento Ambiental: Avaliação da exposição dos trabalhadores a riscos ocupacionais que possam gerar perdas auditivas.
Gestão das medidas de controle coletivo: Medidas de controle ambiental, administrativas e medidas de controle individual.
Gestão dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Indicação do EPI, documentação de entrega, treinamento para manuseio adequado, conservação e higienização, fiscalização dos cuidados e do uso e avaliação do EPI (durabilidade, conforto, conservação, aceitabilidade, etc.).
Detectar precocemente as alterações auditivas, permite identificar e intervir o mais cedo possível de modo a evitar o desencadeamento ou a progressão da perda auditiva, contribuindo, assim, para a qualidade de vida do trabalhador!
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