Planilha Ideal - Redação

20 de jun de 20183 min

Análise de viabilidade econômica de projetos de qualidade

Nesta série de publicações apresentamos conceitos gerais de gestão da qualidade, as ferramentas quantitativas desenvolvidas nesse setor e os princípios para guira a melhoria da qualidade em sua empresa. As publicações são resumidas e apresentam conceitos introdutórios de cada tema. Acompanhe e inscreva-se para recebê-las direto no seu e-mail.

Na publicação passada vimos as ferramentas usadas para mensurar os custos da qualidade e sua importância financeira. A mensuração destes custos deve indicar os setores a receberem projetos de melhoria, no entanto, é preciso avaliar a viabilidade destes projetos. Nessa publicação vamos entender os conceitos usados em análises de retorno de projetos e vamos descrever três exemplos de projetos de melhoria cuja viabilidade econômica é analisada.

Projetos de melhoria da qualidade visam a melhoria de produtos e processos, mas não pára por aí. Todo projeto precisa avaliar a viabilidade econômica e a remuneração do dinheiro investido pelo proprietário ou acionista. A remuneração do capital são os juros, ou seja, o aluguel pago pelo uso dinheiro emprestado.

A Taxa Mínima de Atratividade[1] (TMA) é o rendimento mínimo do dinheiro investido, escolhido pelo investidor, considerando investimentos conservadores como a taxa de juros de aplicações financeiras, o rendimento da empresa e os fatores de risco do projeto. O fluxo de caixa representa as entradas e saídas de dinheiro ao longo dos períodos.

O Valor Presente Líquido[1] (VPL) representa o projeto no seu momento inicial, a partir de um fluxo de caixa formado por receitas e despesas dos períodos subsequentes, trazidos para o presente. Se este valor é maior que zero, o projeto é viável. A Taxa Interna de Retorno é a taxa para a qual o VPL é zero. Se a TIR for maior que a TMA, o projeto é viável.

Neste exemplo, uma empresa está estudando a melhoria de um processo de design do produto, por isso, ela precisa adquirir um software para melhorar o visual de seu portfólio de produtos. A licença é válida por quatro anos. O primeiro ano é usado para treinamento e não gera despesas nem receitas. Os anos 2 a 4 geram receitas e despesas, como apresentado na tabela abaixo. Neste exemplo, o investidor determina uma taxa mínima de atratividade de 5%. Pelo cálculo do VPL, o projeto é viável e a taxa interna de retorno também confirma a viabilidade do projeto, pois seu valor é maior que a taxa mínima de atratividade.

Os fluxo de investimento, receitas por ano e despesas por ano são apresentados no gráfico abaixo.

Neste outro exemplo, uma empresa está estudando a melhoria de um processo de fabricação do produto, por isso, ela para isso, ela pretende adquirir um equipamento de R$50.000,00 melhorando a qualidade superficial de seus produtos. A máquina possui vida útil estimada em cinco anos. Os resultados de receitas e despesas de cada ano são apresentados na tabela abaixo. Neste exemplo, o investidor determina uma taxa mínima de atratividade de 15%. Pelo cálculo do VPL, o projeto é viável e a taxa interna de retorno de 16,91% também confirma a viabilidade do projeto, pois seu valor é maior que a taxa mínima de atratividade.

Os fluxo de investimento e resultados por ano são apresentados no gráfico abaixo.

Neste terceiro exemplo, uma empresa pretende implantar o controle estatístico da qualidade de um processo de pesagem de produtos agrícolas, por isso, ela para terá que adquirir uma balança especial de R$10.000,00 para melhorar a pesagem dos produtos agrícolas. O investidor determina uma taxa mínima de atratividade de 5%.

Embora o projeto traga um resultado de R$2.000,00 por cinco anos, ao fazermos o cálculo do VPL, vimos que o projeto não é viável e a taxa interna de retorno de 0% também confirma a inviabilidade do projeto, pois seu valor é menor que a taxa mínima de atratividade. As fórmulas e gráficos dessa publicação estão na planilha, disponível para download.

Referências:

[1] Carvalho, M; Paladini, E. Gestão da qualidade: teoria e casos. Elsevier Brasil, 2013.

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